13.6.06

Soja: a nova ameaça

Entre agosto de 2003 e agosto de 2004, a Amazônia perdeu 27.200 km2 de florestas. Quase a metade desse total (48%) ocorreu no estado do Mato Grosso. O motivo: a expansão das lavouras de soja no norte do Estado, avançando sobre áreas de floresta amazônica.

Impulsionadas pelas exportações, necessárias para manter a balança comercial brasileira com salvo positivo, a soja e outras commodities agrícolas vêm se tornando uma grave ameaça à floresta. A cultura mecanizada da soja exige extensas áreas planas contínuas para o plantio, obtidas através de amplos desmatamentos. Mais além, os pacotes tecnológicos associados ao cultivo da soja, que incluem o uso intensivo de fertilizantes químicos, agrotóxicos e sementes transgênicas devem acarretar efeitos imprevisíveis sobre os complexos e delicados ecossistemas amazônicos.

A concentração fundiária e a substituição da agricultura familiar por uma monocultura altamente mecanizada são as mais graves conseqüências sociais da expansão da soja na Amazônia. A população, expulsa de suas terras tradicionais, amontoa-se nas periferias das cidades amazônicas em busca de uma vida melhor.

O comércio internacional da soja trouxe riqueza e desenvolvimento para poucos em algumas áreas e gerou milhares de hectares de floresta destruídos, terras públicas invadidas e degradadas e comunidades desalojadas e ameaçadas. Por todos estes motivos, o Greenpeace é contra a expansão da soja na Amazônia. O desenvolvimento econômico na região amazônica não deve estar baseado na conversão da floresta pela soja, mas no uso responsável dos recursos florestais.

A vocação da Amazônia não é ser o celeiro do planeta. A vocação da Amazônia é ser a maior floresta do mundo, o maior estoque de biodiversidade e a maior reserva de água doce do planeta.



(techo extraído do site do Greenpeace)

A Amazônia tem (muita) pressa!!!

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