Então eu estava lá. O que durante toda a vida tinha sido a lembrança de uma foto, uma imagem congelada, existia, e eu estava lá.
Lá onde ele esteve.
Eu quis que a relação de tempo desaparecesse. Que os trinta anos que separavam aquela foto de hoje pudessem ser encurtados. Que o passado e o hoje se tocassem.
De alguma forma, esse contato aconteceu.
Hoje Portugal não é mais feito só de memórias emprestadas, mas também das minhas.