É senso comum que a rotina e a televisão (como bicho papao representativo de todo o universo midiático em si) lobotomizam o cérebro, domesticando as vontades e nos tornando sujeitos passíveis ao sistema produtivo, ignorando desejos e o bem-estar de uma vida menos regrada e em maior contato com as necessidades naturais do organismo.
Mas como reconstruiríamos a questão do entusiasmo?
Hoje andei me perguntando isso...
Eu não discordo e na verdade sou partidária do movimento anti-midía, anti-relogio e anti-trabalho, anti-consumo (e por aí vai), mas com certeza esse outro estilo de vida provocaria um tipo de felicidade com o qual o nosso sistema nervoso e as nossas práticas culturais não estão mais acostumados. Uma proposta de celebração anti-histérica implicaria em por o mundo inteiro em uma espécie de desentoxicação, o avesso da urgencia, do excesso em relação a tudo. A associação automática é ao universo das drogas, mas o sentimento é o mesmo em um exercício mais amplo: somos capazes de viver com um nivel menor de adrenalina, endorfina e cortisona nos nossos organimos?
Por favor, manifestem-se.
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